Vivemos num mundo onde – para além das miragens de bem-estar e satisfação – caminha a passos frenéticos e atrapalhados rumo ao colapso e à destruição. É importante, neste contexto, lembrarmos de onde viemos, que outras formas de existir não só são possíveis como reais. Só esta memória lembra pode no mínimo embaçar o vidro da tela desta ilusão civilizada e o olhar que ela nos impõe.

São em questões como território, água, vida, ser e deixar ser. que o confronto entre os interesses da máquina civilizada e luta pela existência dos povos livres se torna mais evidente.
A máquina civilizada quer devorar tudo, em seu anseio por lucro ela coisifica e produtifica a vida. Dominar recursos e transformar tudo em mercado, declara guerra não só contra os indígenas, mas contra os interesses da vida como um todo.
O único caminho – para que não sejamos esmagados, para que não nos tornemos escravos de corpo e alma a serviço dos interesses “desenvolvimentistas” da máquina – é que é preciso conhecer e fortalecer a resistência indígena.
Nós, deserdados de uma cultura outra – alheia a este projeto que nos empurra a loucura – juntamo-nos também a resistência que é a luta pela existência de modos-de-ser que a civilização tem se empenhado em não deixar ser.
Somos todxs indixs, ou melhor, unidos contra tudo aquilo que pretendem obrigar-nos a ser. Livres, e sem o peso de culpa, de sua domesticação e moral, com que pretendem nos roubar, ao nosso espirito, e a nossa vontade, a nossa conexão com a terra, a nossa mãe…tudo o que há de sagrado.

A ativação desta mina pode potencialmente poluir centenas de quilômetros de um dos maiores rios da região, afetando diretamente a vida de centenas de milhares de pessoas que vivem as margens do rio, os rejeitos da mina pode tornar tóxico e contaminado uma das paisagens mais lindas do bioma pampa. Entre as várias localidades potencialmente afetadas estão três terras indígenas guarani, entre elas a Pacheca, localizada próximo a foz do Rio Camaquã. Ainda que boa parte da população da região seja contra a mineração, a Votorantim e o governo seguem apressados no processo burocrático de ativação da mina.
Outras minas controladas pela Votorantim – como a instalada no município de Vazante (MG) que contaminou pesadamente com arsênio o rio Paracatu e seus afluentes – costumam destruir fontes de água potável e contaminar o solo em vastas regiões.




Os descendentes das invasores estão aqui hoje! Geração após geração dominam através de golpes!



