Jovem Terena é baleado durante tentativa de homicídio em Miranda no Mato Grosso do Sul

indigena_atentado-a-paulino-lunae_cimiO jovem indígena Jolinel foi baleado com três tiros, no município de Miranda no final da tarde desta sexta-feira (29), durante um confronto com fazendeiros entre a Retomada Mãe Terra do Povo Terena e Charqueado em Mato Grosso do Sul.

Com risco de vida foi levado para Campo Grande. Um grupo de cerca de 150 indígenas Terena foram na delegacia da região exigir justiça, acusaram um fazendeiro da região conhecido como Amaral de tentativa de homicídio.

Fonte: http://radioyande.com/default.php?pagina=blog.php&

Território ancestral guarani, Parque de Itapuã no município de Viamão será entregue a iniciativa privada pelo governo do Estado

4150920194_006f65867b (1)O governo do estado do Rio Grande do Sul – através da política Anna Pelinni, principal da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – encaminhou a proposta de concessão do Parque Estadual de Itapuã à iniciativa privada.

Privatizado através da modalidade de concessão o Parque será explorado economicamente através do turismo pelas próximas duas décadas com possibilidade de renovação do contrato de concessão.

Fundado em 1973, o Parque de Itapuã foi estabelecido sobre território ancestral guarani contra a vontade deste povo, território ancestral reivindicado há mais de trinta anos pelos guarani. Como comprovado cientificamente através de laudos antropológicos, e pela presença de sítios arqueológicos antigos em Itapuã, a região do Parque foi permanentemente habitada por centenas de anos pelos guarani. Presença esta, demonstrada, em jornais da década de 1970.

A concessão do Parque de Itapuã à iniciativa privada demonstra o total descaso que é característico de qualquer órgão do estado para com as demandas indígenas e a luta pela devolução das terras. Além de implicar em novos danos ambientais a fauna e flora de Itapuã,
revela-se mais uma dificuldade para que os guarani voltem a ter acesso a este território.

aldeia-de-itapuã-3Mais uma iniciativa etnocida estatal, desta vez por parte do governo de Estado que por meio de corrupção, e para beneficiar alguns de seus comparsas obscuros entre os empresários, provavelmente está enchendo os bolsões nos verdadeiros leilões que são essas concessões.
O governo federal, por sua vez, lava as mãos frente as responsabilidades que assumiu no intuito de conquistar os ingênuos votos dos cidadãos brasileiros.

Neste canto do mundo, entre entre o pampa, a serra e o oceano, a secretária do meio ambiente do governo, fantoche das forças de ocupação do capital, trabalha como facilitadora do desmatamento. A FUNAI (fundação do índio) é facilitadora de tocaias e prisões de indígenas. O governo do PMDB ( partido do movimento democrático brasileiro) não passa de um boneco nas mãos do movimento empresarial e capitalista de exploração e destruição do que ha de autentico por aqui, assim como o PT é um fantoche do capital corporativo (nacional e internacional) em favor do genocídio dos povos indígenas.

26 Kaingang de Kandóia indiciados pela morte dos dois pistoleiros

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No dia 21 de maio de 2015, foi noticiado que 26 Kaingang da Terra Kaingang de Kandóia, no município de Faxinalzinho (noroeste do Rio Grande do Sul), serão indiciados dentro de um prazo de mais ou menos duas semanas pela morte de dois pistoleiros. Estes tem sido tratados como vítimas e agricultores pela mídia burguesa no intuito de criminalzar os indígenas em luta pela terra.

Com o objetivo de desmobilizar e ameaçar a comunidade kaingang de Kandóia que bloqueava uma rodovia, estes dois pistoleiros sequestraram um adolecente kaingang no dia 28 de abril do ano passado. Em uma ação de autodefesa, os kaingangs resgataram o adolecente do controle dos pistoleiros que, após dispararem uma das armas, acabaram sendo linchados.

Legitimada pela mídia, na noite de 17 de novembro de 2014, uma mega operação policial foi efetivada contra a comunidade kaingang de Kandóia. Com mais de 270 policiais federais e estaduais, a operação rendeu toda comunisade aterrorizando as famílias que ali viviam, apontado armas para crianças e coletando material genético dos adultos com o argumento de encontrar “provas” contra os responsáveis pela execução dos “agricultores.

Incidente em Kandóia: Violência e cerco policial

Anteriormente, no dia 9 de maio de 2014, sete das lideranças de Kandóia foram detidas apos serem convocados para uma suposta reunião de “conciliação” no centro cultural de Faxinalizinho. A reunião de fato nada tinha de conciliatória, se mostrou uma armadilha montada por diferentes esferas policiais com o aval da FUNAI para capturar estas lideranças.

Solidariedade aos Kaingangs presos acusados da morte de dois agricultores

Tentando fazer passar ao encarceramento dos Kaingang como um ato de justiça, desvinculado da sua luta pela terra é mais uma estratégia do Estado ruralista para legitimar suas ações terroristas. Além de criar castigos exemplificadores, o aparato repressor colonial tem como meta remover os Kaingang de Faxinalzinho, garantindo no município a supremacia dos colonos brancos sobre os territórios ancestrais kaingang.

No entanto, ao contrário do esperado, a repressão parecem fortalecer as convicções dos kaingang em luta. No momento da sua prisão as lideranças de Kandóia mostraram-se firmeza e dignidade diante das políticas do terror do Estado. Também a comunidade de Kandoia resistiu e enfrententou com força as repercussões do encarceramento das cinco pessoas no seio da aldeia e nos arredores onde foram perseguidos continuamente, por policiais e pistoleiros colonos.

Frente as manipulações da mídia e aos enganos do Estado ruralista, não se pode ficar de braços cruzados. É de suma importância que estejamos alertas e preparados para denunciar e enfrentar esta nova onda de repressão em Kandóia.

Nosso desejo de força e vitória à comunidade de Kandóia em luta!