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Vitória dos Sioux contra o óleoduto da petrolífera ETP em Standing Rock, na Lakota do Norte

Num triunfo espetacular da maior mobilização de resistência indígena na história recinte dos Estados Unidos, o governo federal anunciou que não outorgará as permissões para continuar com a construção de um oleoduto na Dakota do Norte que atravessava as terras sagradas por debaixo do rio Missouri e buscará rotas alternativas para o projeto.

Depois que engenheiros do Exército ordenaram evacuar esta segunda as terras federais ocupadas por milhares de indígenas e seus aliados e do governo estatal de Dakota do Norte havia ordenado que os ocupantes abandonassem a zona sob condições invernais severas, disparou a tensão a incerteza sobre que ocorreria já que os manifestantes se recusaram a acatar tais ordens.

Forças de repressão estatais e seguranças privados atiraram balas de borracha, gás pimenta e lacrimogênio e até água em temperaturas abaixo de zero, contra manifestantes em diversos enfrentamentos durante as últimas semanas em que mais de 560 pessoas foram encarceradas – este domingo chegaram mais de 2100 veteranos militares de todo o país para somar-se à resistência e servir de “escudos humanos” nos acampamentos gelados dos Sioux na Dakota do Norte.

Milhares de Sioux e pessoas de outros povos indígenas, jovens, ambientalistas, ativistas, negros, latinos, artistas entre outrxs, têm mantido uma ocupação – que agora é como uma nova aldeia – em terras federais desde o verão, com intensão de frear o Oleoduto Dakota Access.

Receberam apoio de mais de 300 etnias, tribos e nações indígenas por todo mundo, os apoiam por todas as partes grupos  de ambientalistas, movimentos de direitos civis como o ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam) entre outras organizações. Com um custo de 3.8 bilhões de dólares, e mais de 90% completo, as 1.172 milhas de tubulações do oleoduto irão transportar 470 mil barris de óleo cru por dia, desde a Dakota do Norte às refinarias em Illinóis.

O projeto do oleoduto além de passar por baixo do rio Missouri, atravessa terras federais que foram outorgadas aos Sioux em um tratado de 1851 que não cumprido até hoje.

Líderes da Reserva Sioux de Standing Rock expressaram sua oposição oficial à um ano – o oleoduto passaria por terras sagradas, ameaçando a água potável não só deles, mas de 17 milhões de pessoas por toda região, caso os tubos se romperem perto do rio. Por isso muitos deles se declararam “protetores da água”.

Dirigentes indígenas insistem que isto é parte de uma grande luta histórica. “Cansamos de ser empurrados por 500 anos. Eles tomam, tomam, tomam, e já basta!”, enfatizou Lee Pleno Lobo.

Petrolífera recorrerá com apoio de Trump

A construtora do oleoduto, Energy Transfer Partners (ETP), havia declarado antes que se opõe a qualquer desvio da rota atual, e que se não completar o projeto até 1o de janeiro, perderá contratos multi-milionários.

Portanto, alguns advertem que este não é o fim da luta para os Sioux. Já é esperado que a empresa volte a recorrer nos tribunais para reverter esta decisão.

O presidente Donald Trump tem expressado seu apoio ao projeto na semana passada. Não apenas é o tipo de projeto que defende para o país, mas Trump também tem interesse pessoal no assunto: já que é inversionista da ETP. Trump recebeu do executivo-chefe da ETP 170 mil dólares para sua campanha eleitoral.

O anarquismo que venceu as adversidades em Standing Rock (EUA)

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Por Iñaki Estívaliz

O conceito no qual Piotr Kropotkin (1842-1921) assentou as bases do anarquismo, a ajuda mútua, está servindo aos que tratam de evitar a finalização de um oleoduto em Standing Rock para sobreviver às extremas condições meteorológicas do inverno de Dakota do Norte e às ameaças do conglomerado corporativo empenhado em desdenhar as energias renováveis. Kropotkin postulava que a luta pela sobrevivência não deve ser entre os membros da mesma espécie senão para superar os entornos hostis, para o qual há que cooperar. Observando aos povos indígenas da Sibéria, o príncipe russo concluiu que nem todas as sociedades humanas eram tão competitivas como as europeias, e que a competição não é algo consubstancial ao ser humano, senão que se deve a fatores culturais.

Milhares de “protetores da água” chegados à reserva sioux de Standing Rock e representantes de várias centenas de povos indígenas de toda América conseguiram até o momento evitar a finalização do oleoduto Dakota Acces, ao considerar que põe em perigo os recursos aquíferos dos quais se nutrem 17 milhões de pessoas. Os ativistas estacionados no acampamento Oceti Sakowin vivem o conceito da ajuda mútua sem mencionar, provavelmente a maioria sem conhecer Kropotkin. A forma de vida que seguem; inspirada nos sete valores dos indígenas Lakota, similar àquela que o fundador do anarquismo encontrou nos nativos da Sibéria.

Os sete valores Lakota promovem a oração, o respeito, a compaixão, a honestidade, a generosidade, a humildade e a sabedoria. Nos regulamentos do acampamento se reivindica que não é de protesto e que não são manifestantes, senão “protetores” pacíficos. Não se permitem as drogas, o álcool nem as armas. No acampamento há uma escola, um centro médico e outro de serviços legais, um corpo de bombeiros, carpintarias, um caminhão para filtrar água, se utilizam energias renováveis e se realiza um programa de reciclagem.

“Temos múltiplas cozinhas que servem uma variedade de comida saudável e fresca da região, especialmente o pão frito típico (…) Muitos dos sub-acampamentos tem suas próprias cozinhas abertas aos convidados. Escolha uma cozinha que lhe ofereça a comida que você mais goste”, se anuncia nos regulamentos do acampamento. “Por favor, sinta-se à vontade para pedir ajuda a qualquer um que se encontre próximo de você. Quando você estiver no acampamento, lhe pedimos encarecidamente que busque as maneiras de ajudar a outros. Não passe por uma pessoa que necessite ajuda se m tê-la ajudado”, se insiste. Collen é uma jornalista canadense, de Montreal, de 34 anos, que chegou ao acampamento “só para ajudar”. “Vim porque senti que é um momento muito importante e queria fazer parte dele e ajudar. Queria fazer parte desta união coletiva”, conta a Standing Rock em Espanhol/Claridad. Confessa que a princípio não estava segura de vir ao acampamento, que o esteve pensando cinco dias: “não estava segura se era apropriado, não sabia se ia ajudar ou a ser uma carga. Ao final decidi vir a ajudar”.

“Foi muito inspirador ver o apoio vindo de todo o mundo. Me surpreendeu a organização, é como uma cidade crescida do nada. Não fiz parte das cerimônias nem das ações da ponte”, diz fazendo referência ao lugar onde se produziram os ataques da polícia militarizada do condado de Morton contra os protetores da água que periodicamente acodem a rezar no lugar onde se deteve a construção do oleoduto. A Polícia tratou de dissuadir os protetores da água com canhões de água a temperaturas abaixo de zero, com granadas de gás pimenta, cachorros e projéteis antidistúrbios que deixaram centenas de feridos, alguns deles com gravidade. Conforme avança o inverno, os enfrentamentos com a polícia diminuíram, mas as temperaturas baixaram e ocorreram vá rias tempestades de neve e vento que estão dificultando seriamente a sobrevivência no acampamento. “Quase todo o tempo estive na cozinha. Nunca me preocupei com a temperatura, só um pouquinho do que ia fazer, mas desde que estou aqui se foram todas as minhas dúvidas. Todos os dias chega gente com doações de comida, chega gente para arrumar as estufas, a assegurar-se de que tudo esteja bem”, conta Collen.

“Todo o mundo põe suas capacidades a serviço dos demais. Se necessitas algo para ti ou para os demais, encontrarás a ajuda facilmente”, acrescenta. Alguém tosse e em seguida alguém aparece com um caramelo contra a tosse. Peter acaba de se graduar em Inglês pela Universidade do Texas e também trabalha na cozinha All Relations com Collen. Tampouco participou das cerimônias indígenas nem das ações na ponte. “Ninguém gosta de lavar os pratos, assim que eu vim lavar pratos e a fazer o que faça falta”, defende. Vicente chegou desde a Califórnia com um carregamento de abastecimento com a intenção de ficar só um fim de semana. Trabalha cortando lenha e levando-a ali onde se necessita. Ajuda a montar e desmontar tendas e barracas de acampamento. Sempre está pendente de todo o mundo e buscando onde possa ajudar. Está a duas semanas no acampamento e não sabe quanto tempo vai ficar. Ao chegar perdeu as chaves de seu veículo. “As pessoas me dizem que os espíritos ficaram com as minhas chaves para que eu ficasse. No princípio fiquei muito nervoso, mas como com o que diziam as pessoas me acalmei. Vão me enviar as chaves desde minha casa. Não sei quanto tempo vou ficar, mas enquanto não chegam as chaves que lhe enviaram desde sua casa na Califórnia, vai “ficar ajudando aqui. Me encanta a ideia de tanta gente vindo de todas as partes protegendo-se uns aos outros para defender algo que & eacute; para todos. O que está acontecendo aqui é histórico”.

Muitos veem o movimento de Standing Rock como um despertar dos povos indígenas de toda América.

Vicente assegura que teve experiências extraordinárias. Um dia viu a um chefe nativo do Alasca e sentiu a necessidade de apresentar-se. Em poucas horas conheceu a uma mulher, também do Alasca, indígena mas que havia perdido suas raízes e o contato com sua gente. A mulher havia chegado a Standing Rock buscando a si mesma. Vicente, narra emocionado, como os apresentou a ambos e resultou que eram da mesma tribo e a mulher se desfez em lágrimas.

Tradução: Sol de Abril

Fonte: ClaridadPuertoRico

Sioux dançam na nevasca

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Posted by Lakota, Dakota, Nakota on Sonntag, 25. Dezember 2016

Sioux Lakota dançam na nevasca num dos acampamentos de Standin Rock, na luta contra o óleoduto que faz parte da invasão corporativa de uma petrolífera em parceria com o estado.

O triunfo indígena que incomoda Facebook e Trump (EUA)

Por Tomás Eliaschev

Nos Estados Unidos, os povos originários acabam de ganhar uma batalha importante contra as corporações petroleiras. A disputa é por um oleoduto em Dakota do Norte, a “serpente negra” da profecia.

O mundo está olhando para os Estados Unidos. E não apenas porque os flashes posam sobre a figura do novo presidente Donald Trump, com suas posturas racistas e xenófobas. Um movimento de luta indígena e ambientalista acaba de conseguir frear o projeto Dakota Access Pipeline (DAPL).

Após meses de acampamento e de manifestações em defesa de seu território e contra o saque do meio ambiente, as organizações conseguiram uma vitória contra a “serpente negra” que profetizaram desde tempos imemoráveis e que agora parece se fazer realidade da mão das necessidades da indústria petroleira de gerar infraestrutura. Se trata de um oleoduto de 3,800 bilhões de dólares, de uma extensão de 1.931 quilômetros e que poderia transportar 470.000 barris por dia de petróleo desde as jazidas betuminosas de Dakota do Norte a uma infraestrutura já existente em Illinois, desde onde o petróleo poderia ser distribuído ao Golfo do México.

“Queremos agradecer a todos os que tiveram um papel advogando por esta causa, à juventude indígena que iniciou este movimento, às milhões de pessoas ao redor do globo que expressaram seu apoio, aos milhares que vieram aos acampamentos nos apoiar, às centenas de milhares que doaram tempo, talento e dinheiro para nossos esforços de rechaçar este oleoduto, em nome da proteção de nossas águas. Especialmente, agradecemos a outras nações indígenas que se juntaram a nós solidariamente. Nós estamos prontos para estarmos juntos a eles quando seu povo o necessitar”, disse Dave Archambault II, presidente da tribo sioux de Standing Rock.

Apesar de terem sido violentamente reprimidos, espiados e silenciados, conseguiram que as autoridades nacionais reconsiderassem o trajeto das tubulações, evitando passar por território sagrado indígena e debaixo do Lago Ohae, localizado junto ao rio Missouri, a fonte de água da Reserva Sioux de Standing Rock.

A decisão foi tomada pelo Corpo de Engenheiros Militares, que negou a permissão à empresa Energy Transfer Parteners. Desde abril passado, centenas de pessoas participam em diferentes acampamentos, como o da Pedra Sagrada e o do Oceti Sakowin, Conselho dos Sete Fogos. Quando souberam que haviam freado a construção do oleoduto foi ouvido o canto “mni wichoni”: a água é a vida.

Mesmo que o inverno esteja chegando no hemisfério norte com suas baixíssimas temperaturas, decidiram continuar com o acampamento, já que consideram que esta é apenas uma batalha vencida. Deverão estar bem preparados: à noite, a temperatura pode chegar a menos de 15 graus negativos.

As companhias construtoras que estão levando adiante a obra – Energy Transfer Partners (ETP) e Sunoco Logistics Partners – emitiram um comunicado queixando-se de que a decisão foi “motivada politicamente” e criticando ao saliente presidente Barack Obama por buscar atrasar o assunto até abandonar o cargo. O dono da ETP foi doador na campanha de Donald Trump, que sempre teve uma postura de desprezo aos povos originários e ao meio ambiente. Até o momento, o presidente eleito não fez declarações sobre o tema. Trump deverá confrontar com um processo de resistência inédito no último século.

Frente ao ultraje de seus sítios sagrados e às ameaças de uma grave contaminação do rio Missouri – o maior da América do Norte -, não apenas se pôs de pé a Grande Nação Sioux senão que congregaram todos os povos originários dos Estados Unidos, aos que se somaram militantes ambientalistas.

Não foi fácil: recorreram à ação direta pacífica para frear o avanço do oleoduto. Sofreram violentas repressões. A polícia local, a força de estrada e a Guarda Nacional não economizaram em brutalidade. Em numerosas oportunidades, os manifestantes foram atacados com cachorros, balas de borracha, bombas e gás pimenta. Em meio das baixíssimas temperaturas, sofreram o ataque de carros hidrantes que lançaram água gelada. Ademais, foram espiados e hostilizados por parte do pessoal de segurança privada, pertencente à empresa Tiger Swan Security, vinculada a Blackwater, a tristemente célebre empresa que provia mercenários para a invasão do Iraque.

Até há poucos dias, a notícia desta luta não figurava na agenda dos grandes meios de comunicação. A informação só circulava graças aos meios alternativos e às redes sociais. Na última e mais violenta das repressões, que aconteceu na madrugada de 20 de novembro, houve 300 feridos, 26 deles hospitalizados. Um manifestante sofreu uma parada cardíaca.

Na ocasião de um ataque policial contra manifestantes, o passado 13 de setembro, o meio alternativo Unicorn Riot estava transmitindo ao vivo desde Facebook. Primeiro, dois de seus repórteres foram detidos. Logo o streaming foi cortado. Facebook alegou um “erro involuntário”.

Um feito que logrou mais difusão que dezenas de protestos foi quando a atriz da franquia “Divergente” e do filme “A culpa é das estrelas”, Shailene Woodley, participou de um dos protestos e foi presa.

Pese à censura inicial, a notícia já circulou globalmente, gerando solidariedade de indígenas e ambientalistas de todo o mundo que se sentiram identificados imediatamente. A diferença com muitas outras lutas similares é que a do oleoduto está acontecendo no coração dos Estados Unidos, onde não se registravam ações coordenadas dos povos originários há muito tempo. O grande país do norte tem uma longa história de tratados não cumpridos e de discriminação, que foram relegando aos nativos uma situação cada vez mais difícil. Ainda está preso o ativista indígena Leonard Peltier, detido desde 1977 no marco de uma luta em defesa de uma reserva indígena, não muito longe de onde agora se desenvolvem os eventos.

Durante muitos anos os indígenas estadunidenses, derrotados, não se fizeram notar. Até que disseram basta. E agora o mundo os escutam. Está claro que vão continuar com essa luta. A dúvida é o que fará o futuro presidente.

Tradução > KaliMar

Fonte: RojoYNegro

Em cerimônia, veteranos do exército pedem desculpas aos Sioux pelo genocídio

Na celebração da vitória indígena que aconteceu em Standing Rock no dia 6 de dezembro, veteranos das forças armadas que se juntaram ao protesto em apoio aos povos indígenas, nas palavras de Wes Clarck Jr, se ajoelharam e pediram perdão aos povos indígenas:

General Wesley Clark Jr. e outros veteranos se ajoelham diante de Leonard Crow Dog durante a cerimonia de perdão na terra indígena Sioux Lakota de Standing Rock. Segunda, 5 de dezembro de 2016.

-“muitos de nós, eu particularmente, somos das unidades que tem ferido vocês por muitos anos, chegamos e lutamos contra vocês, roubamos suas terras e firmamos tratados que não cumprimos, roubamos minerais de suas colinas sagradas, esculpimos os rostos de nossos presidentes em suas montanhas sagradas, roubamos mais terra e pegamos suas crianças, e tentamos apagar suas línguas (…) não os respeitamos e poluímos sua terra, os machucamos de tantas formas, mas viemos dizer que sentimos por isso, que estamos ao seu serviço, e que pedimos seu perdão”.

A Resposta do chefe Leonard Corvo Cão: -“paz para o mundo! vamos fazer um passo, somos a nação soberana Lakota, nós fomos nação e continuamos sendo nação, temos uma língua para falar, temos preservado uma postura de guardiões, nós não somos donos da terra, nós pertencemos a ela.”

O ato dos veteranos não conta com o apoio das forças armadas, mas é bastante simbólico: 2100 veteranos de várias guerras se juntaram à luta dos povos indígenas, se contrapondo ao governo para evitar a construção do oleoduto.

Mostrando que a consciência do respeito a nossas terras sagradas é possível para aqueles que em algum momento estiveram contra nós defendendo os interesses das corporações e do estado.

Kenny Nagy, veterano da guerra de Vietnam, declarou “finalmente vamos estar ajudando os povos dos Estados Unidos ao invés de empresas”.

Nossa luta indígena é pela dignidade e é também pela consciência do respeito pelo mundo que partilhamos como parentes: parentes de muitos povos, parentes dos rios, das plantas e dos animais, todos filhos da terra que nos viu nascer.

Indígenas e Manifestantes encaram tanques, tropas de choque e helicópteros contra o oleoduto em Standin Rock (EUA)

Uma vez mais os sioux e centenas de apoiadores enfrentaram o aparato de guerra montado para garantir a construção de um megaoleoduto em suas terras sagradas.
Policiais armados, tanques e helicópteros atacaram as multidão na Reserva Sioux de Standin Rock, na Dakota do Norte. Os protetores da água revidaram o ataque dos aparatos de repressão com pedras e fogo dando início a uma verdadeira batalha campal.

 

(Leia a Matéria em Inglês Abaixo)

The massive police action went down in an effort to remove protestors from private property — protestors who prefer to be called “protectors” and who didn’t plan on going anywhere — at least not willingly.Activists lit tires on fire, while police used ear piercing sonic devices and shot horses, in what will surely go down as one of the most heated standoffs in the ongoing war over pipeline projects in America.Several arrests have been reported from the ground, as authorities used busses to transport activists while scanning the air with airplanes and helicopters.https://www.facebook.com/cempoalli.twenny/videos/10210840743645258/Awareness around DAPL has grown tremendously over the past month after award-winning journalist and anchor of Democracy Now! Amy Goodman dropped a media bombshell with a video report showing a squad of paid, non-licensed security goons siccing attack dogs and macing Native American activists with pepper spray — this, after the pipeline company, Energy Transfer Partners LP, had intentionally bulldozed over known sacred burial sites of the Standing Rock Sioux Tribe on an otherwise peaceful Labor Day weekend. Five days later Goodman was charged with criminal trespass for her reporting, which brought yet another wave of media attention to the issue.

Armed police working to clear pipeline protest camp

These are live pictures from Cannonball, ND where Dakota Access Pipeline protesters are facing off with law enforcement officers who are trying to force them off private property. http://bit.ly/2dM0oBXNOTE: The video may be interrupted and contains NSFW language.

Posted by NBC4 on Donnerstag, 27. Oktober 2016

You may recap law enforcement agencies and the National Guard moving in on Native American protectors attempting to thwart DAPL in the video players below just below.

Fonte: EnviroNews

Leonard Peltier: um guerreiro há 40 anos na prisão

Leonard Peltier é um sábio do aguerrido povo Lakota Sioux. Peltier também faz parte do Movimento Indígena Americano (AIM). Este indígena tem sobrevivido de cabeça erguida a mais de 40 anos de prisão.  Sentenciado em 1975 pelo assassinato de dois agentes do FBI no Incidente em Oglala em Wounded Knee, seu nome está na longa lista de indígenas encarcerados pelo governo dos EUA por lutarem por seus povos contra o sistema colonial americano racista. Sua prisão está ligada também a oposição do AIM a caciques corrompidos pela colonização como Richard Wilson, traidores que enriqueceram enquanto seus parentes passam fome, com milícias montadas para perseguir quem discorda ou não se submete ao seu autoritarismo. Os inimigos de Peltier pensaram que poderiam calar sua voz isolando-o em uma jaula. Mas o confinamento só aumentou o fogo em suas palavras. Hoje ele é mundialmente conhecido como guerreiro das causas indígena e anticarcerária. Em 2000 publicou o livro “Escritos na Prisão: Minha Vida é Minha Dança do Sol” (Prison Writings: My Life Is My Sun Dance) com sua história, sua luta por terra e justiça. Para saber mais sobre a história dos Sioux Oglala leia “Enterrem meu coração na curva do rio”. Sobre a história de Leonard Peltier, assista o documentário “Incidente em Oglala”.

Não sei como salvar o mundo. Não tenho as respostas para esta questão. Não guardo nenhum saber secreto de como consertar os erros das gerações passadas e presentes. Só sei que sem compaixão e respeito por todos os seres da Terra, nenhum de nós sobreviverá – nem merecerá sobreviver.” – Leonard Peltier