Em 8 de novembro, o estado policial chileno empreendeu um novo ataque ao povo mapuche, enviando tropas para Walmapu, na região de Tirua – sul do Chile, para perseguir e reprimir dissidentes indígenas nas localidades de Curapaillaco ,Cura Tranaquepe, Puerto Choke, Antiquina, Lleu lleu, Canihua e arredores.
Na operação foram usados caminhões blindados, helicópteros, centenas de policiais e soldados armados. Casas foram invadidas e pessoas agredidas e revistadas.
Os Mapuche responderam bloqueando estradas com árvores e sabotando a infraestrutura de controle. Na região estão as chamadas “zonas de Sacrifício” das instalações de megapapeleiras e infraestrutura para extração de recursos, em parcerias entre empresas beneficiadas como a Benetton e o estado chileno.
Os Mapuche vem lutando desde o início da colonização por seu território, nunca se submetendo aos colonizadores. Eram hostis às frentes colonialistas e as elites espanholas, e nutrem o mesmo sentimento em relação ao estado chileno e as elites de seu país. Por trás do projeto nacional chileno, reconhecem os mesmos velhos aparatos de extermínio.