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Lei antiindigena e quilombola gera protestos no Rio Grande do Sul

Na terça, 14 de abril, Indígenas e Quilombolas se reuniram diante da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre para protestar contra o P.L. 31/2015 do deputado estadual Elton Weber (PSB). Grande parte da classe política do estado legisla na defesa dos interesses de grandes proprietários de terras que incitam os menores contra índios e quilombolas, aumentando ainda mais a ameaça de violência a que são submetidos estes povos.

Tal projeto de lei não encontra amparo sequer na constituição do país, é uma manobra legal de setores políticos que operam em favor do etnocídio e atende aos interesses de proprietários descendentes de europeus, cujas propriedades têm origem em terras roubadas dos povos ancestrais. A escrituração da propriedade neste continente tem ignorado o direito originário territorial desde a invensão deste procedimento.

Indígenas e quilombolas vêm convocando seus aliados a se manifestarem contra essa lei genocida em uma série de atos. Abaixo um chamado para mobilizações do dia 5 de abril.

“Não aceitaremos calados esse ataque elitista, racista e inconstitucional, reagiremos contra o racismo! É de extrema importância que lotemos as galerias do plenário para pressionar os deputados! Convocamos a unidade contra o Racismo/Colonialismo/Agronegócio, contra o Genocídio e pelos Direitos dos Povos!”

ABAIXO O PL 31/2015

(VÍDEO) Povos indígenas e a ditadura militar

Após pressão de organizações de direitos humanos, o Grupo de Trabalho Indígena é incluido nas investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), trazendo à tona uma realidade desconhecida da sociedade brasileira: os povos indígenas foram um dos grupos mais atingidos pela ditadura militar no Brasil. Massacres, escravizações, prisões clandestinas, torturas, estão entre as denúncias apuradas pelo recem encontrado “Relatório Figueiredo”.
Como se aplica à história desses povos os conceitos de Verdade, Memória e Justiça do estado de direito democrático brasileiro?