Category Archives: Desalojo

(VÍDEO) Povos indígenas e a ditadura militar

Após pressão de organizações de direitos humanos, o Grupo de Trabalho Indígena é incluido nas investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), trazendo à tona uma realidade desconhecida da sociedade brasileira: os povos indígenas foram um dos grupos mais atingidos pela ditadura militar no Brasil. Massacres, escravizações, prisões clandestinas, torturas, estão entre as denúncias apuradas pelo recem encontrado “Relatório Figueiredo”.
Como se aplica à história desses povos os conceitos de Verdade, Memória e Justiça do estado de direito democrático brasileiro?

[México] Pronunciamento libertário em solidariedade aos povos do Istmo de Tehuantepec

“Loshombres no pueden pensar en ser autónomos hasta que no se dé un gobierno hecho por ellos, un gobierno que no sea sobre el pueblo o a favor
del pueblo, sino un gobierno hecho por el pueblo. De esta forma las órdenes de este gobierno serán legítimas porque será el pueblo mismo quien las ha dado. Se tratará, según esta concepción, del paso del concepto de autonomía
del individuo al concepto de autonomía colectiva de individuos” - Alfredo María Bonanno “No podréis pararnos: La lucha anarquista revolucionaria en Italia”

Aos meios de comunicação Livres e Autônomos
Aos povos em luta Esta jornada será longa, dura e com raiva!

Os defensores e falsos críticos do sistema capitalista querem dominar e devastar tudo, até mesmo o menor espaço do globo, mas a resposta é e será contundente. Não diálogo nem mediação! Assim foi decidido e empregado por alguns povos na geografia Mexicana, assim se manifestaram nossos irmãos zapotecas dos corajosos povos de Ghi'xhi'ro' [Álvaro Obregón] e os Ikoots
dos povos de San Mateo e San Dionisio del Mar.

Mas a situação é complicada, o caminho da autonomia não é nem será fácil. A
 necessidade de viver sem a mediação do Estado, sem as instituições do mesmo, sem partidos políticos, mas acima de tudo, sempre optando pelo
caminho do apoio mútuo e da coletividade CUSTAM mais do que poderíamos imaginar. Mas esse é o ponto. TUDO OU NADA. TERRA, LIBERDADE OU MORTE, é a utopia pela qual tanto aspiramos e que estamos construindo neste exato momento.

Ontem, 13 de dezembro, por volta das 23h45, aproximadamente 1000 elementos da polícia estadual entraram no povoado de San Dionisio del Mar com a intenção de levar a cabo eleições locais [que pretende realizar neste domingo, 14 de dezembro] que a Assembléia do povo de San Dionisio del Mar já tinha boicotado, pela simples razão de trazer um novo mundo em seu
coração e recuperar as formas ancestrais de organização baseadas no apoio mútuo, na coletividade e na assembleia como o órgão máximo de decisão.

O que vem a seguir é incerto, podemos prever um cenário de ataque por parte da polícia [pois esse é o seu trabalho], mas também enxergamos uma
autodefesa eminente do povo. Aconteça o que acontecer estaremos com vocês, lado a lado, defendendo os processos autônomos, a gente com vocês, vocês com a gente, cara a cara com o inimigo, desde qualquer trincheira, desde
Oaxaca capital até o Distrito Federal faremos ecoar os gritos de solidariedade.

A autonomia incomoda o Estado e o Capital, é por isso que, com todos os meios à sua disposição tentarão esmagar qualquer tentativa de organização horizontal e autônoma. Mas também de nossa parte, com todos os meios possíveis e ao nosso alcance, defenderemos a nossa luta e os processos que, como libertários, temos construído juntas e juntos e ao lado dos povos.

Solidariedade com a Assembleia do povo San Dionisio del Mar!
Solidariedade com a Assembleia comunitária de Ghi'xhi'ro'- Álvaro Obregón!
Solidariedade com os povos autônomos e em luta!
Fora Megaprojetos do país!


Contra o Estado-Capital!
Com a rebeldia defenderemos a autonomia!
A paz entre os povos, Viva a anarquia!
14 de dezembro, Oaxaca Ingovernável


Coletivos:
BARRO negro
Bloque Autónomo de Conciencia Revolucionaria
Proyecto ambulante
Cruz Negra Anarquista México
Individuxs Solidarios del auditorio “Che Guevara”
Regeneración Radio

Chamado contra Belo Monte – Um Genocídio Energético

Em 10 de Dezembro de 2014 – Dia Internacional da Luta Contra Belo Monte

Um enorme buraco em meio a floresta irá servir ao mesmo tempo de berço para o progresso estatal e capital, e túmulo para os povos indígenas do Xingu e Tapajós. A usina hidroelétrica de Belo Monte segue sendo construída a despeito de seus terríveis impactos e sua ineficiência sazonal. O fundamentalismo energético capitalista não cessa de colocar em risco o futuro das gerações vindouras dos povos ameríndios no Brasil.

A construção de Belo Monte anuncia não uma guerra, mas o assassinato premeditado de modos de vida milenares desenvolvidos em relação e harmonia com as cheias e secas dos rio Xingú, a vastidão viva da floresta amazônica, o respeito da diferença em toda suas diferentes formas e expressões.

A violência da civilização industrial não conhece limites.

Para além das propagandas, o estado brasileiro ergue Belo Monte para cumprir seus acordos sujos com grandes construtoras, (CCBM, Norte Energia entre outras) que atualmente financiam as campanhas do Partido dos Trabalhadores. Este governo como qualquer outro ambiciona mais impostos, planejando futuros parques industriais e zonas francas, a instalação de grandes minerações (Projeto de Volta Grande da Belo Sun Mining corporação canadense de extração de ouro e outros metais) e indústrias metalúrgicas altamente poluentes nas proximidades e mesmo dentro das terras indígenas.

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Munduruku paralizam retroescavadeiras em ocupação do pátio de obras da usina de Belo Monte para protestar contra a sua construção em 8 de junho de 2012.

O projeto de Belo Monte foi elaborado no último período ditatorial. Nos últimos governos este projeto foi resgatado e vem sendo implementado da forma mais autoritária possível por um regime pretensamente democrático. A exigência por justiça dos povos indígenas nos faz lembrar que este estado de direito é uma falácia e que não há diferença alguma entre as políticas dos ditadores em relação àquelas dos seus predecessores democratas.

Belo Monte é apenas uma das muitas covas cravadas no futuro dos indígenas, muitas outras hidroelétricas seguidas de polos industriais estão sendo planejadas para os próximos anos. Os PAC – Planos de Aceleração do Colapso – são parte do IIRSA – Iniciativa para Integração da Infraestrutura Física Sul-Americana – uma infinidade de mega-obras voltadas para o aumento da produção capitalista nos países sul-americanos, sempre em detrimento da vida de milhões de pessoas, afetando principalmente as populações indígenas e ribeirinhas.

Mulher Kaiapó acerta rosto de tecnocrata com um talho de facão. Lembrando a eles que não são inatingíveis.

Em 1989  mulher Kaiapó acerta rosto de tecnocrata da Eletronorte com um facão. Lembrando aos inimigos da floresta que não são inatingíveis.

Munduruku, Kayapó, Xikrin estes e muitos outros povos – tanto no Xingú como por todo mundo – estão se mobilizando contra às forças que operam pela construção da represa de Belo Monte. A imagem do machete da mulher Kaiapó no rosto do engenheiro nos recorda que o amor não implica em pacifismo, mas sim na luta pelo futuro de quem que se ama.

No interior destas corporações e empresas envolvidas na construção de Belo Monte, assim como em iniciativas similares, estão investidores, articuladores e tecnocratas – homens e mulheres a serviço do fundamentalismo energético, buscando lucro acima da vida, pessoas com endereço, nome e sobrenome.

Este é um chamado para a guerra contra Belo Monte, um chamado para o ataque de seus perpetuadores. Lutar contra Belo Monte, lutar contra o genocídio significa mostrar a estas pessoas e a estas empresas, que não se encontram além das conseqüências de suas escolhas, que a violência industrial que lançam sobre a floresta, pode justamente se voltar contra elas.

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Com lanças e flechas kaiapós entram no pátio de obras da Usina de Belo Monte e declaram guerra aos assassinos dos povos da floresta.

Para contribuir com esse chamado á guerra, colocamos aqui uns links onde se pode encontrar esses nomes, sobrenomes, endereços de pessoas e entidades responsáveis pela destruição do Xingu e Tapajos, seus diversos habitantes.

http://norteenergiasa.com.br/site/noticias-home/

http://www.belosun.com/Corporate/Board-of-Directors/default.aspx

http://www.belosun.com/Investors/Presentations/default.aspx: aqui o plano de exploração de minas de ouro na região do Xingu, plano feito em colaboração e coordinação com usina do Belo Monte.

http://blogbelomonte.com.br: blog da Belo Monte

Aldeia Marakanã resiste!

Retirado de Autogestão:

No Domingo, dia 15/12, a polícia tentou invadir a ocupação Aldeia Maracanã, porem com esta se encontrava com bastante apoio, pois o encontro da F.I.P. (Frente Independente Popular) estava ocorrendo no local e, junto com os moradores, ajudaram na resistência, não deixando que o desalojo ocorresse.

Hoje (dia 16/12)  pela manhã, em um esquema de guerra contra a

população,foi fechada a Radial Oeste e o Choque preparou o despejo. Cerca de 20 com

panheirxs foram detidos e levados para a 18 DP que se encontra na Praça da Bandeira.

Pedimos a todxs que apareçam na delegacia para que façamos peso para libertar nossos companheirxs!

Aldeia Maracanã Resiste!!!! Viva a resistência indígena!!!

Toda a solidariedade e força necessária! Aldeia Maracanã Resiste!!!

Hoje, dia 16/12/2013, mais uma vez, vimos a ação violenta do Estado. A ocupação indígena Aldeia Maracanã foi desalojada.

Mais uma vez a população indígena e popular e massacrada pelo poder do capital e deixada sem sua terra, seu teto, seu lar. Xs companheirxs foram presos e levados para 16 D.P. onde apoiadores da ocupação se encontram na porta, para dar o apoio necessário, porem, continuamos sem mais informações, e fazemos o apelo para todxs que se puderam somar na porta da delegacia seria de grande ajuda.

VIVA A RESISTÊNCIA INDÍGENA !!!

CONTRA O ESTADO E O CAPITAL!!!