Uma operação de guerra foi organizada no dia 23 de novembro contra os Kaingang da terra indígena Passo Grande da Forquilha, municípios de Sananduva e Cacique Doble, Rio Grande do Sul. A mando de fazendeiros da região, 180 soldados da polícia federal e da brigada militar invadiram a comunidade com armas, cães e cavalos com o objetivo de deter lideranças e desarticular a luta pelos territórios. Um helicóptero e muitas viaturas foram utilizadas na operação.
‘Violenta e humilhante’ foi como os kaingang descreveram a ação da polícia: Toda a comunidade, foi rendida, mulheres, velhos e crianças foram obrigados a deitar no chão sob a mira de armas. Líderes foram presos por portarem arcos e flechas.
No Brasil o agronegócio e o poder legislativo e judiciário vêm agindo em conjunto contra os povos indígenas. Os meios de mídia comerciais tem ocultado e distorcido os fatos, afirmando que os indígenas são criminosos invasores das propriedades e fazendas; povos que há pelo menos 13 mil anos estão neste continente. Diante desta agressão, os Kaingang afirmaram que seguirão lutando contra a violência e opressão do estado, uma vez que estão há mais de 500 anos resistindo.