A resistência radical mapuche segue firme pela defesa de terras sagradas, da cultura e saberes ancestrais em território governado pelo Estado chileno.
Desta vez não foi apenas contra o governo do Chile que os indígenas se levantaram em digna raiva: Investiram contra símbolos de um colonialismo europeu que dura até os dias de hoje e que quase acabou com todas as culturas nativas destas terras do sul da América.
Foi em abril deste ano que simpatizantes da causa mapuche atacaram e queimaram uma igreja católica e uma evangélica, uma ação incendiária contra figuras catequizadoras. Testemunhas disseram que foi um ataque rápido onde chegaram armados disparando e logo colocaram fogo nos edifícios, fugindo em seguida.
Dois cartazes foram deixados no local. Em clara referência aos ataques cristãos contra os indígenas, num deles se lê: “nossos avós e ancestrais dos índios também morreram queimados e assassinados ‘pela cruz e a espada’ Liberdade. P.P.M.”
O outro advertia “todas as igrejas serão queimadas” e exigia a libertação de indígenas presos por lutarem pela causa mapuche.