Com mais de 15 dias de retomada, os Mbya já ergueram sua casa cerimonial (opy), e estão construindo casas ao modo tradicional.
Às noites realizam seus rituais, com cantos e danças espirituais. Como pode ser lido em uma faixa na entrada da área, estão seguindo os passos de seus deuses na retomada das terras ancestrais. Parte de seu território histórico, e na visão mbya as terras retomadas são ideais para seu modo-de-ser (tekó).
Pela presença de plantas e animais, por ser boa para plantar, os mbyá dizem aos visitantes que se sentem alegres (vy’á) pela retomada desta terra. A alegria – manifestada no canto dos pássaros e das crianças – como entendem, para além de um sentimento, é também ritual de fortalecimento e manifestação da satisfação dos deuses.
Os líderes do grupo afirmam que seus deuses são os verdadeiros donos da terra, e não o estado dos juruás (os não-índios). Afirmam também que os deuses – dos quais são descendentes – lhes deram a verdadeira “reintegração de posse” daquela terra.
Visitas de colaboradores e apoiadores ocorrem todos os dias. Os líderes do grupo mbya comunicam a seus apoiadores que seguem precisando de lonas, alimentos, roupas, ferramentas e pregos para acomodar melhor jovens e crianças. Também disseram que necessitam de fumo-de-corda para uso ritual.